Quando inicialmente lera sobre isso da Presença, tinha achado “uma esquisitice” e colocado rápida e desinteressadamente de lado o desdobrável sobre Atenção Plena que lhe viera parar às mãos.
Porém, tinha que admitir a si mesma que
a curiosidade não mais a tinha largado. E, aqui e ali, quando se lembrava do
papel a letras carmim e açafrão, no recato do sua intimidade, ficava uns
segundos… mais tarde uns minutos… em silêncio, sem que ninguém desse conta que
tinha ido sorrateiramente para dentro de si mesma.
Apenas respirava profunda e
conscientemente, acompanhando essa onda de ida feita de oxigénio transmutado
pelo corpo e, aos poucos, começou a sentir que estar em presença
não tinha afinal nada de tão transcendente ou complicado.
Estar centrada, dando-se conta dos
pensamentos, emoções, sensações, ruídos, brilhos e cores que a rodeavam, sem
nunca ver realmente, parecia até o mais simples da vida...
seria quiçá o "verdadeiro viver"!
lúcia*
alegoriadacaverna2@gmail.com

<3
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