domingo, 2 de março de 2014

DA NUDEZ DA ALMA



despira-se de máscaras...

agora não lhe restava mais do que a nudez da Alma... essa essência pura que poucas ousavam desvelar...

chegara a recear sentir-se frágil e vulnerável, porém... todo o contrário... dentro de si pulsava o inconsciente colectivo da árvore genealógica da matriz feminina... uma ténue sensação visceral que lhe dava estrutura interior e excitava um poder suave e doce...

por tudo isso, colocou o pé na calçada húmida pelo orvalho matinal que a noite fresca parira...

e, à sua passagem, deslizante mas segura, a natureza pasmava.


lúcia*




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